Opinião Defenda

DÓRIA DEFENDE AUMENTO DA ALÍQUOTA DA PREVIDÊNCIA DO SERVIDOR

(*) Elias Miler da Silva

O Governador de São Paulo João Dória está defendendo um aumento gradual da previdência para os servidores públicos (policiais militares aqui incluídos) de 11% para 14%. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo. Dória estava em Davos, na Suíça, onde ocorreu o Fórum Econômico Mundial, para apresentar a investidores internacionais o plano de privatização e de investimentos de São Paulo.

Dória disse ao jornal que 22 dos 27 governadores vão articular as bancadas para aprovar a reforma desde que as regras incluam servidores públicos estaduais como professores e policiais militares, as categorias que mais pesam na folha de pagamento dos Estados. O governador quer que o aumento seja feito de maneira gradual para “não machucar o planejamento financeiro e as condições dos servidores”.

O assunto será discutido na reunião dos governadores, prevista para o dia 26 de fevereiro, em Brasília. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, vai apresentar a proposta da reforma, e nela está previsto o aumento da contribuição de 11% para 14%, apoiado por Dória desde que feito de maneira gradual.

Dória contou ao Estado que pediu ao seu secretário da Fazenda, Henrique Meirelles, um retrato das finanças do Estado. Já dá para deduzir que a promessa de melhorar a remuneração dos policiais militares “já”, conforme ele prometeu em campanha, está longe de ser cumprida. Pode ser que o aumento da alíquota da previdência saia antes.

Se isso ocorrer será mais uma injustiça a ser praticada contra os servidores e os policiais militares, pois já sofrem há anos com o descaso do governo do PSDB. Em 2018, com uma defasagem salarial que beirava 30%, o então Governador Geraldo Alckmin apresentou reajuste ridículo da ordem de 4% à categoria, fazendo com que a PM de São Paulo continuasse no patamar de ser o 23º salário do país. Só para lembrar, um sargento que ganhe R$ 4.664,68, tem 27,5% de desconto de imposto de renda, tem também mais 2% de saúde para a família e mais 14%, totalizando 43,5% descontado diretamente do seu salário, sem contar todos os outros impostos diretos e indiretos que paga, portanto, um trabalho quase que escravo!

(*) É Coronel da reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Diretor da FENEME e Presidente da DEFENDA PM.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,estados-querem-subir-contribuicao-de-servidores,70002690375

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